Ciência explicada em palavras de gente

Depois do escândalo do artigo plagiado da New Yorker, confesso que deixei de ler livros da Clara Pinto Correia. O que tinha lido agradava-me, é verdade, mas não gosto que se escreva ao kilo e muito menos que se plageie para continuar a escrever ao kilo.

Mas antes disso li vários livrs dela. Tem uma série deles sobre divulgação científica e história da ciência de que eu gostava. Ou melhor, gosto. É que noutro dia, à procura de outro livro qualquer, encontrei a minha cópia de "Clones Humanos" e voltei a perceber porque me tinham dado tanto gozo os livros dela.

Este fala de clonagem, explica simplificadamente o processo, as dificuldades, as técnicas. Fala para se perceber do que se está a falar. E acima de tudo eu considero-o divertido porque, para desmitifiar e "despanicar" as pessoas em relação à clonagem, ela pega nas ideias de que se tem medo e leva-as ao extremo até ficarem ridículas. No fundo a única coisa que está a dizer é que´, já antes, a ciência pôs em causa a concepção que se tinha da vida e do Universo e depois de morrerem uns gajos na fogueira, a humanidade até teve de reconhecer que eles estavam certos e alterou a concepção do mundo, e avançou, e não foi o fim da humanidade.

E às vezes dá jeito que alguém nos informe e faça rir e pensar para enfrentarmos aquilo de que temos medo sem sequer percebermos bem do que estamos a falar.

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