Dos dias bons





Quando muitas horas da vida são passadas em frente a um ecrã, a oportunidade de ir ver um túnel a ser construído ou ter uma visita guiada ao interior de um viaduto e ver os cabos de pré-esforco a fazer aquilo para que foram dimensionados, é uma benção.

Mas também é uma benção passar uns dias na aldeia a planear árvores, muitas árvores. Não porque está na moda ser verde, mas sim porque é isso que faz quem tem sangue de agricultor a correr nas veias e vê espaço vazio nos terrenos. Há algo de profundamente satisfatório nestas coisas reais, tangíveis. 

E depois troca-se de vida outra vez e passa-se a manhã de domingo a olhar o mar, a ler o jornal e um livro emprestado, a ver feliz a quantidade de gente na praia a surfar ou apenas a olhar em frente. 

Eu admito, gosto da minha vida. 

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