Mudar de rumo

 Este coitado deste blogue andou moribundo, negligenciado, num completo estado vegetativo. Durante anos perdi a vontade de vir aqui. Talvez porque escrever no blogue exige frases completas, uma linha de pensamento com, pelo menos, uns vestígios de coerência. O insta só precisa de uma fotografia, um segundo visual; o Facebook aceita tudo e provavelmente por isso tudo debandou de lá (ou pelo menos assim parece) excepto a publicidade a tudo e mais um par de botas e quem de alguma forma o usa profissionalmente. Ainda há excepções, mas são poucas. E eu tirei essas aplicações do telefone. 

Mas a verdade de comunicar para o éter ou apenas para estruturar ideias mantém-se. Por isso hoje o Não me irritem tem um post. Não sei quanto tempo vai durar. Não importa.


Para quem não saiba, eu deixei de morar no Porto. Pelo menos em termos físicos porque o Porto é a minha cidade. Mas agora estou mais a sul, perto da praia. Por incrível que pareça, estou pálida a roçar o translúcido. Ainda estou a criar rotinas na casa nova, descobrir os cafés da terrinha, aprender a sentar-me na varanda a ouvir os grilos. Descobrir as novas rotinas de domingo. Hoje vou fazer praia. Mas parei para tomar café e ler a revista da Bertrand (enfim, como se eu precisasse de mais livros para comprar). 

À minha frente, a Ria. E a consciência de que finalmente moro de pleno direito num lugar onde os olhos podem descansar na água sempre que me apetecer. Bom domingo mundo! 





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