Obrigada Melga!

De há muitos meses para cá, de cada vez que o meu irmão me perguntava: "O que queres de prenda?" eu repondia "Uma máquina de pão" ou que ele contestava "Isso é coisa de miúda da cidade, inventa outra...". E não a recebi no Natal. E confesso que já me tinha esquecido disso. Mas o que me esperava em casa no dia dos meus anos? A bela da máquina!

Veio imediatamente para o Porto. Vai de ler o manual, ver as receitas, colocar água e fermento e farinha e flocos de cereais ou nozes e passas (sim, começa-se logo a experimentar com coisas difíceis!!!), carrega-se nos botões, espera-se ansiosamente, abre-se a tampa e... por 3 vezes saiu de lá de dentro uma coisa compacta, mal cozida, intragável. Troca-se o fermento, junta-se mais fermento e nada. Quando estava eu pronta para devolver a máquina à procedência e dizer ao meu irmão para lhe devolverem o dinheiro, decidi fazer mais uma tentativa. Supermercado comigo, o meu suspeito nessa fase já era a minha fermento de padeiro que provavelmente está velha e ou era a farinha ou os constructores da máquina eram uns idiotas e eis senão quando vejo uns pacotes, suspeitamente parecidos com farinha mas que diziam "pão". Ou seja, chegaram finalmnte a Portugal os pacotes de farinha já com fermento que conheci na Dinamarca à 12 anos atrás! Ok, a malta das farinhas deve saber alguma coisa sobre pão, experminentemos. E assim foi:


farinha, água e um bocadinho de fermento a mais que o pior que pode acontecer é a massa sair por fora mas depois das anteriores tentaivas falhadas, isso até seria benvindo....





a bela da máquina em acção



e o resultado final é um belo pão rústico que toda a gente comeu e ninguém se queixou!




Não sai mais barato que o pão comprado. Mas aqui no Porto eu sempre achei difícil comprar bom pão e apesar de as coisas terem melhorado, pão quente que não vai ficar borracha passadas duas horas sabe sempre bem!

Comentários

Tobias disse…
eu atesto a maravilha de pão! Aquelas côdeas souberam-me pela vida! Foi de facto um bom investimento!
princesaesquimo disse…
Adorei a tua aventura amiga.
Fiquei com fome.
beijinhos
Anónimo disse…
Cara Sandra,
Depois de te ter enviado um sms, consigo postar aqui.
Há que ter muita coisa em consideração, quando se faz pão em casa.
1º - Fazer pão é uma ciência exacta, com quantidades certíssimas como a alquimia;
2º - O material tem sempre razão;
3º - Se usaste aquele fermento, nunca mais lá vais - é fermento para bolos, o de pão é diferente...;
4º - Como sabes, fomos pioneiros em ter uma máquina do pão em casa. Por acaso, igualzinha à tua;
5º - Se recorres apenas às misturas feitas, reduzes em muito as potencialidades da maravilha que é fazer pão em casa;
6º - E mais importante: sê persistente, não desistas quando a máquina te passar uma rasteira. Nesse caso, reporta ao ponto 2º.

Quanto à formação, estamos falados...
Miguel
eMe-a-eMe disse…
olá.
fico eu com a pergunta que ainda ninguém fez: então e isso não dá assim, uma granda trabalheira?
desculpa a curiosidade digamos, saloia, mas fiquei com essa dúvida : )
é que não conheço ninguém que tenha a máquina.
Sandra Coelho disse…
Não, a vantagem é que não dá trabalheira nenhuma! Desde que compres farinha e fermento, mandas tudo para dentro da máquina, programas e já está! o trabalho é ler as instruções no início e depois é sempre a andar. O pior que pode acontecer é os primeiros não sairem bem mas se te mantiveres no puro respeito das instruções da máquina (o que eu não fiz) e comprares a farinha e o fermento adequado, vai correr tudo bem. Eu estou encantada!
eMe-a-eMe disse…
; )
boa! é bom saber.