Dos amigos
Vou ter saudades de montes de coisas em Angola.
Dos meus pais e do Melga.
Do Porto.
Dos filmes e dos museus e das esplanadas à beira-mar.
De Serralves e das noites de Verão em cavaqueira no meu terraço.
Dos amigos e amigas e filhos e toda essa gente que torna os meus dias bons. Novos e velhos.
Dos passeios pelo Porto a ver montras com as amigas e a discutir roupa e sapatos e homens e a vida e o passado e o futuro e as alegrias e as tristezas e os medos.
Dos jantares e dos abraços dos meias lecas quando me vêm.
Tudo isto eu sei que não vou ter. E vou ter saudades mas vou viver sem. E quando cá vier, vai ser uma festa!
Mas o que me vai custar mais, eu acho, são as conversas com aqueles 3 ou 4 homens com quem falo da vida. Com quem me sento raramente, muito raramente, mas com quem cada conversa vale muito. São eles que me mostram o mundo pelos olhos dos homens, para o bem e para o mal. São eles que tratam do meu ego quando me sinto feia. São eles para quem eu sou uma amiga preciosa que se recusam a partilhar. Eu também não os partilho a eles. As nossas conversas são nossas, não temos amigos comuns, não aparecemos nos mesmo jantares. Somos mutuamente caixas negras. E como são poucos, muito poucos, mas muito bons, vão-me fazer muita falta.
Dos meus pais e do Melga.
Do Porto.
Dos filmes e dos museus e das esplanadas à beira-mar.
De Serralves e das noites de Verão em cavaqueira no meu terraço.
Dos amigos e amigas e filhos e toda essa gente que torna os meus dias bons. Novos e velhos.
Dos passeios pelo Porto a ver montras com as amigas e a discutir roupa e sapatos e homens e a vida e o passado e o futuro e as alegrias e as tristezas e os medos.
Dos jantares e dos abraços dos meias lecas quando me vêm.
Tudo isto eu sei que não vou ter. E vou ter saudades mas vou viver sem. E quando cá vier, vai ser uma festa!
Mas o que me vai custar mais, eu acho, são as conversas com aqueles 3 ou 4 homens com quem falo da vida. Com quem me sento raramente, muito raramente, mas com quem cada conversa vale muito. São eles que me mostram o mundo pelos olhos dos homens, para o bem e para o mal. São eles que tratam do meu ego quando me sinto feia. São eles para quem eu sou uma amiga preciosa que se recusam a partilhar. Eu também não os partilho a eles. As nossas conversas são nossas, não temos amigos comuns, não aparecemos nos mesmo jantares. Somos mutuamente caixas negras. E como são poucos, muito poucos, mas muito bons, vão-me fazer muita falta.
Comentários
Tenho um amigo, que o é desde os nossos seis anos de idade. Ininterruptamente.
E as nossas vidas e os nossos destinos confundem-se.
As tuas palavras são uma bonita ode às amizades assim...e é bom de se ver, de se ler.
Boa sorte e que encontres em Angola coisas que mais tarde sintas falta (e' sinal de que foi bom ;))