Coisas que me andam pela cabeça
Não tenho escrito muito. Com o 365 tenho falado por fotografias. Mas tenho coisas para dizer.
Namíbia! Mostrei-vos as fotos (os sortudos que encontrar no Natal vão ver tudo já lindinho e impresso num photobook) mas~não vos falei do conforto que se sente naquela terra. Os alojamentos são excelentes, a preços decentes, com um atendimento fantástico. Naqueles resorts sente-se um bom gosto e um cuidado que não há nos poucos hotéis em que fiquei em Angola (excepção feita ao Lubango). Em Windhoek há o Joe's, provam-se pratos de caça e gastam-se horas de conversa com os amigos no bar do lado de fora. Em Windhoek há lojas de artesanato onde se perde a cabeça (comprei uma estátua linda de morrer) e tive de fazer um esforço para não arruinar o meu cartão de crédito. Em Windhoek as coisas são organizadas, limpas, arrumadas. Brancos, negros, sul africanos, europeus. Anda tudo por ali. Descobrimos no último dia que é um lugar muito racista mas disfarça bem ao olhar descuidado de quem só lá está 4 dias. Soube bem. A África com que se sonha. Leões, manadas de elefantes, muitos km de capim. Vou voltar, definitivamente. O lugar para onde se quer fugir quando se precisa de férias de Angola.
Angola. Nasci depois do 25 de Abril. Angola e Moçambique sempre foram independentes para mim. O passado conhecia de ouvir falar. Sempre ouvi a história de como a vida era boa aqui, de como as pessoas se davam bem, como isto era bonito.
Mas hoje vou mais longe. Hoje que estou cá e vejo o que sobra da época colonial, estou a tornar-me uma saudosista desse tempo que não vivi. Por todo o lado vejo vivendas desse tempo, casas de quintas fantásticas estrada fora, cidades desenhadas com lógica, bairros residenciais fantásticos que resistiram a tudo!!! Vejo o que os portugueses deixaram para trás e percebo a dor de quem fugiu. Percebo que não queiram voltar. Eu provavelmente também não teria coragem.
Não me entendam mal: não sou salazarista, não acho que as colónias devessem continuar a ser portuguesas. Mas vejo que havia muita coisa boa aqui construída pelos portugueses, muito trabalho. Vejo que isso foi bem feito porque grande parte resistiu a 30 anos de guerra. E acima de tudo, dá para perceber o potencial deste país. Só espero que se concretize.
Namíbia! Mostrei-vos as fotos (os sortudos que encontrar no Natal vão ver tudo já lindinho e impresso num photobook) mas~não vos falei do conforto que se sente naquela terra. Os alojamentos são excelentes, a preços decentes, com um atendimento fantástico. Naqueles resorts sente-se um bom gosto e um cuidado que não há nos poucos hotéis em que fiquei em Angola (excepção feita ao Lubango). Em Windhoek há o Joe's, provam-se pratos de caça e gastam-se horas de conversa com os amigos no bar do lado de fora. Em Windhoek há lojas de artesanato onde se perde a cabeça (comprei uma estátua linda de morrer) e tive de fazer um esforço para não arruinar o meu cartão de crédito. Em Windhoek as coisas são organizadas, limpas, arrumadas. Brancos, negros, sul africanos, europeus. Anda tudo por ali. Descobrimos no último dia que é um lugar muito racista mas disfarça bem ao olhar descuidado de quem só lá está 4 dias. Soube bem. A África com que se sonha. Leões, manadas de elefantes, muitos km de capim. Vou voltar, definitivamente. O lugar para onde se quer fugir quando se precisa de férias de Angola.
Angola. Nasci depois do 25 de Abril. Angola e Moçambique sempre foram independentes para mim. O passado conhecia de ouvir falar. Sempre ouvi a história de como a vida era boa aqui, de como as pessoas se davam bem, como isto era bonito.
Mas hoje vou mais longe. Hoje que estou cá e vejo o que sobra da época colonial, estou a tornar-me uma saudosista desse tempo que não vivi. Por todo o lado vejo vivendas desse tempo, casas de quintas fantásticas estrada fora, cidades desenhadas com lógica, bairros residenciais fantásticos que resistiram a tudo!!! Vejo o que os portugueses deixaram para trás e percebo a dor de quem fugiu. Percebo que não queiram voltar. Eu provavelmente também não teria coragem.
Não me entendam mal: não sou salazarista, não acho que as colónias devessem continuar a ser portuguesas. Mas vejo que havia muita coisa boa aqui construída pelos portugueses, muito trabalho. Vejo que isso foi bem feito porque grande parte resistiu a 30 anos de guerra. E acima de tudo, dá para perceber o potencial deste país. Só espero que se concretize.
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