Envelhecer... pelos menos ser velho aos olhos dos outros
Provavelmente por não ter casado e não ter filhos, eu não sinto que tenho 36. Sinto-me na mesma, como sempre senti. As responsabilidades apareceram, lido com elas mas não me sinto um adulto.
Lembro-me dos dias em que olhava para os mais velhos com aquele respeito imenso (muitos continuam a merecer isso!!!), com aquela noção de uma enorme sabedoria, conhecimento da vida e do mundo. E não me sinto assim. Excepto quando falo com uma das minhas colegas. Trabalha no meu departamento, trabalha directamente comigo. E do alto dos seus 25 aninhos, faz-se sentir "a mais velha". Nem sempre, é verdade. Mas por vezes, lá diz qualquer coisa que me faz lembrar que sim, já vivi mais que ela, já vi mais coisas, já aprendi mais. No outro dia falávamos sobre música e ela disse uma coisa espantosa: "quando tu vais no meu carro, nunca ponho um dos meus cds porque não sei se tu vais gostar... tens formação musical, ouves umas coisas de que nunca ouvi falar.... tenho medo que odeies o que eu ouço por isso deixo o rádio ligado".
E pus-me a pensar.... será que a música que ouço é assim tão estranha? Eu não acho nada, até acho que conheço relativamente poucos grupos. E adoro quando me mostram algo que me entusiasma (gratidão eterna ao JR por me ter mostrado Beirut). Mas se calhar ela tem razão. Anos dão conhecimento. E pelos vistos respeitabilidade. Sim, porque só por respeito é que ela tem medo de ferir os meus ouvidos, digo eu. Ou será que é com medo dos meus ataques de mau feitio que eu achava que dominava muito melhor?
Seja como for, uma música para ela. Do tempo em que eu tinha a idade dela. Continuo a rir-me com a parvoíce da letra e a ficar muito bem disposta quando a ouço. Música velhinha velhina. E que continuo a ouvir. Provavelmente porque a vida apenas acrescenta coisas mas o que gostamos fica!
Lembro-me dos dias em que olhava para os mais velhos com aquele respeito imenso (muitos continuam a merecer isso!!!), com aquela noção de uma enorme sabedoria, conhecimento da vida e do mundo. E não me sinto assim. Excepto quando falo com uma das minhas colegas. Trabalha no meu departamento, trabalha directamente comigo. E do alto dos seus 25 aninhos, faz-se sentir "a mais velha". Nem sempre, é verdade. Mas por vezes, lá diz qualquer coisa que me faz lembrar que sim, já vivi mais que ela, já vi mais coisas, já aprendi mais. No outro dia falávamos sobre música e ela disse uma coisa espantosa: "quando tu vais no meu carro, nunca ponho um dos meus cds porque não sei se tu vais gostar... tens formação musical, ouves umas coisas de que nunca ouvi falar.... tenho medo que odeies o que eu ouço por isso deixo o rádio ligado".
E pus-me a pensar.... será que a música que ouço é assim tão estranha? Eu não acho nada, até acho que conheço relativamente poucos grupos. E adoro quando me mostram algo que me entusiasma (gratidão eterna ao JR por me ter mostrado Beirut). Mas se calhar ela tem razão. Anos dão conhecimento. E pelos vistos respeitabilidade. Sim, porque só por respeito é que ela tem medo de ferir os meus ouvidos, digo eu. Ou será que é com medo dos meus ataques de mau feitio que eu achava que dominava muito melhor?
Seja como for, uma música para ela. Do tempo em que eu tinha a idade dela. Continuo a rir-me com a parvoíce da letra e a ficar muito bem disposta quando a ouço. Música velhinha velhina. E que continuo a ouvir. Provavelmente porque a vida apenas acrescenta coisas mas o que gostamos fica!
Comentários
Então eu, com mais doze, que hei-de dizer?!
E é que me sinto uma miúda também, carago!
:(