Nepal #3

Nunca tinha tido umas férias em que pensasse tanta engenharia. É impossível não pensar engenharia quando se vê edifícios caídos ou rachas. É impossível não pensar em liquefação das areias quando algo tomba de uma maneira estranha. Impossível não pensar em travamentos e pórticos quando se vê casas alvenaria resistente de tijolo caídas. E sim, o nosso sentido de humor macabro de engenheiro leva-nos a correr para ver de perto um pilar partido. E casas antigas de pé? Pois, abençoados os prédios novos que as aconchegam. Sim, é mais sensato derrubar de forma controlada uma parede periclitante que deixá-la lá e correr o risco que caia na cabeça de alguém. O tanque estava bom antesdo terramoto e agora perde água? Pois, não me espanta.... Vai ser preciso avivar a fissura e tapar com uma boa argamassa. Coitado do templo mas as estruturas no topo não têm uma grande base de apoio e movimentos horizontais não são coisa para a qual estejam preparadas.
Da próxima vez que alguém me falar em considerar os esforços sísmicos no projecto, acreditem que vou ouvir com muito mais atenção.

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