Histórias da vida de uma desempregada voluntária
Ok. Verdade verdadinha. Tive um mês de férias. Inteirinho. 4 semanas. Não diria que passaram a voar porque não foi bem assim. Passaram como tinham de passar. Família, viagem, tratar de coisas, preguiçar.
Esta semana já é diferente. As férias acabaram. Está na hora de procurar emprego. Afinal eu não vivo do ar. E conhecendo-me sei que rapidamente vou precisar de bilhetes de cadeira de orquestra para um concerto qualquer. Mas também sei que estas coisas não vão como queremos. E tenho plena consciência que vai passar tempo até alguém me ligar a dizer olá! gostamos do seu currículo. venha cá falar connosco. E sei, das histórias que ouvi, quão enlouquecedora essa espera pode ser. Portanto eu tenho um plano:
- todos os dias é preciso enviar currículos. Não vale a pena enviar 20 no mesmo dia e depois ficar o resto da semana a bater com a cabeça nas paredes porque não sei para onde mais enviar. Aliás, 20 é capaz de ser muito difícil porque as empresas estrangeiras têm uns formulários online muito chatos de preencher e que comem muito tempo.
- é preciso passar todos os dias umas horas com os meus panos. Ao menos, tenho a certeza que alguma coisa estou a construir.
- estou proibida de passar o dia todo sem sair de casa enfiada em calças de fato de treino e t-shirts velhas. Não que haja muitas calças de fato de treino lá por casa mas vocês percebem o que eu quero dizer.
- tem de haver motivo para sair de casa todos os dias e passar uma hora a caminhar ou apanhar o metro para ir ao outro lado da cidade comprar um kilo de arroz.
- lá por estares mais em casa, Sandra Maria, nem penses em deixar a casa crescer para a confusão típica por isso treino extra como fada do lar nunca fez mal a ninguém.
Quanto tempo me dura a energia? Pois não sei. Mas sei que é bom sair de casa de mochila às costas, voltar mais tarde com lãs e maçãs dentro dela, tirar os sapatos, ligar o computador e pensar ao ataque meus valentes!
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