Dias de silêncio

Eu sei, este blog anda muito calado. Talvez porque não haja muito para dizer. Estive na aldeia a apanhar castanhas (e juro que nunca mais opino sobre a qualidade e quantidade de castanhas de um ano antes de as começar a apanhar porque este ano serviu-me de lição pela positiva). Os dias passam ao ritmo dos baldes que se enchem e se despejam. A cabeça limpa-se e areja. A vida fica mais simples. Também mais dura porque acreditem que ao final do dia as costas doem. As pernas também.
Depois há o recrutamento. Percebi agora que esta saga já dura há mais de um mês. Não sei no que vai dar e já estive bem mais confiante que hoje. Mas se não ficar por não ser linda e loura e querida e amorosa e fofinha amiga de toda a gente com quem trabalho, é porque não era suposto ser eu. Percebi ontem que não vou mentir nem transmitir falsas impressões nas entrevistas. Sou assim. Para o bem e para o mal. Mas confesso que este emprego me apetecia. Acho que o desafio é enorme. Daqueles que é preciso coragem para atacar. E por isso mesmo, eu já ouvia a voz na minha cabeça a dizer quantos são? quantos são? Esperemos com calma.
Pela primeira vez vou participar numa feira. Ou melhor, num bazar. Depois conto!
Costura-se nos dias em que me sinto inspirada. Nos outros, há sempre mais coisas para fazer. Como hoje, arrumar fotografias. Quase todas das férias. Coisas que me chamaram os olhos em Munique.



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