Das idas a casa


As coisas são sempre feitas de pequenos nadas. O que me sabe bem na Páscoa é ir a casa, ver a minha mãe acender o forno de lenha (e basicamente continuo sem me poder aproximar, não vá aqui a criança queimar-se), bater os biscoitos, ver a primeira fornada a sair mal (ou o forno está quente ou está frio mas seja como for, a primeira fornada é sempre uma desgraça), meter os biscoitos numa cesta forrada a pano. Páscoa é o rally das tias (no qual não participo há anos porque a vida não me deixa), é esperar pelo compasso, ver o primeiros sinais de primavera. Nada de mais. pequenas coisas. 
E depois voltar à vida de todos os dias. Que é tanto a minha vida como a que vivo por lá.
Tenho duas vidas. terei sempre.

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