Tel Aviv? Pois, não sei.




Devo ser a única esperta que de vez em quando consegue passar semanas inteiras numa cidade sem ver nadinha. Sevilha, nunca vi a catedral ou o centro histórico. Málaga, idem idem aspas aspas. Agora, soma Tel Aviv à conversa. Fiquei fora da cidade e autoestradas de acesso a uma capital não costumam estar entre as coisas mais interessantes. E portanto, trabalho / casa, casa / trabalho, não tive nem um vislumbre da cidade vibrante que me descreveram. O que vi, confesso, não me entusiasma. Mas vamos assumir que não vi.
Em contrapartida, fui a um casamento árabe! Foi o casamento do irmão de um colega da empresa e ele convidou toda a gente. E eu fui a convidada penetra de última hora. Não que fizesse muita diferente. Foram convidadas 800 pessoas! Vá, não se assustem... eu acho que estavam lá umas 200. 300 segundo as versões mais optimistas. Coisa estranha um casamento árabe versão israelita.... Uma sala enorme, um DJ que se eu fosse miúda de enxaquecas me teria encostado à box em 30 segundos (tenho a certeza que aquele volume sonoro é ilegal em qualquer parte do mundo), lasers, câmaras montadas em torres, passadeiras vermelhas, uma noiva linda de morrer de acordo com os fotos das várias sessões fotográficas profissionais pré-casamento, transformada numa miúda pesada e cansada debaixo de tanta maquilhagem. Chegaram, trocaram alianças, subiram ao palco e ficaram a dançar, eles e a família chegada. Na sala, nós comíamos humus e tzaziki e sei lá mais o qué e eles dançavam. Sem se tocarem. Beijos em publico são proibidos mas ontem eles foram ainda mais castos que isso. E, antes que déssemos por isso, éramos quase os últimos na sala. Porque mal comeram. os convidados começaram a sair. Ficou a família próxima e os gajos solteiros que animaram a festa o resto da noite. A família do meu colega parece super simpática e receberam-nos de sorrisos rasgados! Que tenham uma vida longa e as maiores felicidades aos noivos!
E pronto, regresso a casa sem ter visto Israel mas vi um casamento árabe. Se calhar algo que nunca mais consigo ver. Enquanto que Jerusalém.... eu acho que vou voltar cá daqui a uns meses!

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