Islândia

A Islândia estava no meu radar como lugar a visitar há muitos anos. Ainda antes de Angola, andava eu a olhar para as visitas National Geographic que não fiz porque aquilo custava uma fortuna, sem contar com os voos, alimentação e pocket money. Depois meteu-se África, as férias eram em Portugal a ver a família e os amigos. Quando regressei a casa havia vida para pôr em dia, cortes salariais, uma viagem daquelas não era coisa fácil.
Em Londres ficou mais fácil. Os voos para lá são baratos, com jeitinho a coisa fazia-se. Mas depois veio a tourada que incluiu um conselho muito sério de não voar... é o que dá ter coágulos sanguíneos e as alterações de pressão nos aviões eram desaconselháveis. Mas a tourada acabou. E por isso, lá comprei um bilhete, aluguei um apartamento via Airbnb e meti os pés ao caminho.
Encontrei uma capital calma, que não parece uma capital. Encontrei um país coberto por um manto de neve. E passeios gelados que me faziam caminhar devagar que isto de gelo não é comigo. Encontrei montanhas majestosas a meia dúzia de metros da praia. Estruturas geológicas que alguém como eu não pode deixar de admirar. Vou voltar. Sem dúvida. No Verão, quando puder caminhar sem medo de me espatifar no meio do chão. Vou voltar porque a Islândia é um daqueles países do Norte da Europa onde me sinto bem, que me acalmam, que me transmitem uma enorme paz. O que não deixa de ter piada, sendo eu tão do Sul da Europa de personalidade.
Vou voltar porque gostei.





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