Mais um que mete medo

Sim, há livros que me metem medo. Kafka, Joyce, Wolf.... os modernistas sempre foram uma malta que eu não percebo bem. Fazem-me sentir ignorante. Não lhes apanho o sentido final, sinto que me faltam referências culturais para entender aqueles livros.
Mas caramba.... posso aprender mais umas coisas na vida mas seguramente não vou ficar mais inteligente. Por isso, de vez em quando, lanço-me à aventura. Sobrevivi a Virginia Wolf, sobrevivi a 1,5 Kafka (uma grande vitória) e agora vou sobreviver a este.
Nem sei quando ouvi falar pela primeira vez do Ulisses. A minha mais antiga memória é dos tempos de faculdade, quando comecei a fazer a minha lista mental de livros que sabia que um dia devia ler. Não sei onde descobri que é considerado uma das obras primas do século XX. Acho que tenho uma versão em inglês algures. Mas no ano passado um amigo ofereceu-me esta cópia em português; tradução de alguém que ele conhece e considera capaz (isto de viver em inglês fez-me perceber que a qualidade de uma tradução é bem mais importante do que parece à vista desarmada). E é Verão, algo me diz que este livro precisa de luz e sol para ser lido. Mais de 700 páginas que descrevem um dia.
Eu consigo, eu consigo!!

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