Coisas surpreendentemente boas

Faz mais de um mês que o tempo está quente e soalheiro. Demasiado quente dizem alguns. Mas em Londres, semanas seguidas de sol sem nuvens cinzentas a ameaçar morrinha são uma benção que é preciso reconhecer e agradecer. Todos me perguntam se estou a gostar do sol. Sim, gosto muito!
Mais uma vez vim para o parque. Estou sentada à sombra a dois passos de um riacho tranquilo. De vez em quando passa uma borboleta. As famílias ruidosas ainda não chegaram. Os patos devem estar por aí algures. E eu vou lendo Ulisses. Devagar que não é livro para saltar frases. E devagar porque a tradução deve ter mantido o espírito original do livro e não é fácil. Mas é deliciosa. Está cheia de palavras que não via (ou lia) há muito tempo, palavras que não se usam no dia a dia mas que é bom ver que alguém ainda as conhece e usa.
Já parei uns minutos. Posso voltar ao livro.

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