Ser saudosista por umas horas

Eu não sou o típico emigrante saudosista. Claro que de vez em quando quero uma Super Bock e me atasco de Nestum. Mas vivo bem sem.
Mas de vez em quando.... há um tasco em Londres com espetadas à Madeirense, pratos de bacalhau à Brás que alimentam um família inteira, feijoada com orelheira e morcela. Há sardinhas e pastéis de bacalhau. E se as sobremesas não são frescas, eles dizem “ não não quer menina”. Mas hoje está ainda melhor! Puseram mesas de plástico queimadas do sol no pátio feio, meio barril de óleo transformado em grelha, convivas de xanatas a malhar cervejas e com saudades da terrinha. Umas colunas debitam uma qualquer rádio portuguesa, propaganda do Continente e músicas do Toni Carreira. É agosto. Se eu ignorar a minha localização em termos de latitude e longitude, podia estar no restaurante da festa de qualquer aldeola perdida no meio de Portugal. Aldeola pequenota claro. Sim, que o restaurante da festa da minha aldeia é muito maior que isto. Mas hoje chega!
Ó menina, hoje tem polvo? Ok, então é polvo para mim. E traga-me uma super por favor.

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